O TDAH - Déficit de Atenção é uma condição de base orgânica, que tem por principais características dificuldades em manter o foco da atenção, controle da impulsividade e a agitação - que é a hiperatividade. É também chamado de DDA, THDA, TDAHI, entre outras siglas.
O que significa “base orgânica”? Significa que, nos portadores do TDAH, há uma estrutura cerebral que não “trabalha” como seria esperado. Esta estrutura é chamada de lobo pré-frontal - é uma área do córtex cerebral localizada na parte da frente da cabeça, entre a testa e o meio do crânio. Esta área é formada por milhões de células cerebrais, chamadas neurônios. Quando o córtex pré-frontal tem seu funcionamento comprometido, a pessoa passa a enfrentar muitas dificuldades, entre elas problemas com concentração, memória, hiperatividade e impulsividade.
As imagens abaixo mostram alterações no cérebro de um portador de TDAH, comparado a um cérebro sem TDAH. Em descanso - sem a necessidade de concentração ou ativação cognitva, as alterações são pequenas - os “buracos” na imagem indicam áreas com menor metabolismo de glicose, ou seja, onde há hipofunção. Já quando a pessoa tenta concentrar-se, a hipofunção - e os déficits - são maiores.
Imagem do cérebro normal, em descanso.
Imagem de cérebro de um portador de TDAH, em descanso.
Imagem de cérebro de portador de TDAH tentando se concentrar.
A característica mais comum dos casos típicos de TDAH é a hipofunção do córtex pré-frontal. Hipofunção significa que uma quantidade grande de neurônios desta região pulsam mais devagar que o esperado.
As causas do TDAH são exclusivamente orgânicas?
Deve-se lembrar sempre que a base orgânica - o funcionamento do cérebro - interfere sobre todas as coisas que fazemos - mas também sofre interferência direta do ambiente ao nosso redor e de nossos comportamentos. A intensidade dos sintomas do TDAH dependem diretamente da nossa história de vida familiar (famílias mais ou menos estruturadas, com regras claras, horários, organização, etc), de hábitos que aprendemos ao longo da vida (usar bem o tempo, manter as coisas organizadas) e do contexto ao nosso redor (onde estudamos, com quem moramos e trabalhamos).
A forma como o cérebro funciona é uma parte importante do problema de quem tem TDAH. Porém, uma pessoa é mais que seu cérebro. E até mesmo o cérebro pode ser mudado.
A busca pelo alívio dos sintomas do TDAH deve passar tanto pela base orgânica - com tratamentos específicos, usando medicação ou neurofeedback - quanto pelos aspectos comportamentais. Não basta ter um cérebro diferente - é preciso também agir de maneiras novas.
Fonte: IPDA - Instituto Paulista de Déficit de Atenção
Tels. (11) 5572-5734 / 5575-7018
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